sexta-feira, 19 de outubro de 2012

A neve aqui tão perto...



"Ir para a neve", minhas senhoras e meu senhores, è só o destino mais fantástico que existe à face da terra. Falo por experiência própria, embora tenho ido apenas uma vez. Estive em Megéve, numa França já com tiques helvéticos e muito chique por sinal.

Éramos seis. Eu fui o único que tive que pedir equipamento emprestado. Eu era o único que nunca tinha calçado um par de skis. Todos os outros passavam a vida a ir para os mais variados locais da europa. Eu tinha ido á serra da estrela aos cinco anos...E como eu amo a serra da estrela onde só estava eu e um saco plástico debaixo do rabo para escorregar. Bastava aquilo para ser feliz...Mas não. Megéve é que é bom. "São pistas a sério e assim", diziam os meus amigos armados em profissionais.

O terror começou logo no primeiro dia  quando às oito da manhã me obrigaram a saltar da cama. " Está na hora, toca a levantar". Ora, estar na hora para me levantar ás oito da manhã de férias roça o insulto.

O resto das férias dava um livro. Não vos quero maçar. Apenas confesso que ter tonelada e meia de roupa em cima de mim, 4 toneladas de peso nos meus pés e quilo e meio de paciência para aturar certas bocas de gozo quanto à minha qualidade para o desporto fizeram com que tentasse pedir ao São Martinho para trazer um sol abrasador que levasse aquela neve toda!!
Daí que abandonei o ski logo no primeiro dia, depois de uma queda que me provocou uma entorse e depois de ter várias criancinhas de 4 anos a passarem por mim a alta velocidade. 

Decidi, por isso, dedicar-me a outro desporto: a prática de beber vinho quente logo de manhã. À tarde já via elefantes a fazer snowboard e anões a comer gelados com a testa. 

O único ponto que considero menos mau foi a aula de ski que tive com uma jovem  suiça. Muito... simpática ( versão masculina para "boa como o milho"). Mas até aqui havia um problema: a dita helvética media quase dois metros, o mesmo comprimento da "estalactite " que lhe saía do nariz, tal era o frio que se fazia sentir.

G.

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